segunda-feira, 18 de julho de 2011

Greve pode deixar 1300 alunos sem aula no município de Palestina



Servidores querem aumento salarial e implantação do PCC; paralisação será decidida em assembleia, nesta segunda 

  Gazetaweb - Gilson Monteiro
Como haviam ameaçado na semana passada, professores e servidores municipais da Educação de Palestina, no Sertão, devem cruzar os braços nesta segunda-feira (18). São cerca de 1.300 alunos em 9 escolas municipais que devem ficar sem aula a partir de amanhã, depois que os servidores tentaram, sem sucesso, uma negociação com o prefeito.
  Segundo o vice-presidente do núcleo do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteal) da 8ª região, João Jorge Melo de Farias, os servidores pleiteiam reajuste salarial e a implantação do Plano de Cargos e Carreiras (PCC), que está em tramitação na Câmara Municipal, mas sem previsão de entrar em votação.

A expectativa era de que as reivindicações fossem discutidas na sessão do Poder Legislativo da última sexta-feira (15), o que acabou não acontecendo. Mais de cem servidores, entre professores e pessoal administrativos, integram a Educação no município.

“Nesta segunda-feira, iremos fazer uma assembleia apenas para oficializar, pois a greve já está decidida. Estamos tentando negociar há muito tempo, mas simplesmente não temos resposta do prefeito. Um professor em Palestina ganha R$ 524, queremos o piso nacional. Por isso a saída será a paralisação, pois os funcionários públicos não estão sequer sendo ouvidos, muito menos atendidos em suas justas reivindicações”, queixa-se o professor Daniel Nogueira, que leciona no ensino médio e integra a Comissão de Cidadania, movimento da sociedade civil organizada, em Palestina.

A Gazetaweb não conseguiu contato com o prefeito, José Alcântara Júnior (PP), para comentar o assunto. Em entrevistas anteriores à imprensa, o presidente da Câmara, vereador Alberto Barbosa (PTdoB), disse que o projeto que institui o PCC dos servidores deverá ser apreciado esta semana.

Informativo CCP - Edição Especial

INFORMATIVO CCP - Edição Especial

Comissão de Cidadania, em Palestina - Rua Juventino de Carvalho, s/n Centro  CEP 57410 - 000 Palestina/Alagoas - Ano III, edição nº Julho 2011       E-mail: ccppalestina@hotmail.com

CONSCIÊNCIA POLÍTICA

LEGISLANDO PARA O POVO

As palavras expressas por este informativo por diversas vezes teceu criticas destinadas aos vereadores de SITUAÇÃO, mas diante da consciência política desenvolvida pelos parlamentares (nesta sexta-feira 15/07/2011) são dignos de elogios. Parabéns aos vereadores BOYZINHO, TICO, e a vereadora ROSELE e continuamos enaltecendo aos vereadores CLAUDIO CABUDO e TOSTOIO e parabéns a vereadora MARILENE, que se transformou usando a prerrogativa parlamentar.
Aos demais (...) façam por merecer nossa amabilidade.

NUNCA ANTES NA HISTORIA DESSE MUNICÍPIO

EDUCAÇÃO EM GREVE

Palestina na eminência de comemorar seus 49 anos de emancipação política,
passa por um retrocesso na rede municipal de ensino, os profissionais da
educação cansados de ser DESRESPEITADOS, PERSEGUIDOS e HUMILHADOS pelos TIRANOS que gerenciam nosso município, vêm depois de diversas tentativas frustradas tentar negociar a revisão do PLANO DE CARGOS E CARREIRAS - PCC, implantação do PISO SALARIAL NACIONAL - PSN e o REAJUSTE DE SALÁRIO proporcional ao montante transferido pelo FUNDEB. Orçado em mais de R$ 3.200.000,00.
A título de informação o salário base dos professores de Palestina é de R$ 554,00 e o pessoal de apoio R$ 545,00.  Educação levada a sério? E para quem se constrói o futuro?
A GREVE é o único meio de fazer valer nossos direitos.

DIGNIDADE
Quando querem transformar
Dignidade em doença
Quando querem transformar
Inteligência em traição
Quando querem transformar
Estupidez em recompensa
Quando querem transformar
Esperança em maldição:
É o bem contra o mal
E você de que lado está?
Renato Russo

MEDO
O medo não é um sinal de covardia.
É ele que nos dá possibilidade de agir com bravura e dignidade diante das situações da vida.
Quem sente medo*e apesar disso segue adiante, sem deixar-se intimidar* está dando uma prova de valentia.
Paulo Coelho

SALÁRIO DIGNO A TODA CATEGORIA EDUCACIONAL DE PALESTINA

 “Primeiro entraram em nosso jardim e roubaram uma flor.
Nós não dissemos nada.
Depois o mais frágil deles entra em nosso quintal e mata nosso cão.
Nós não dissemos nada.
Depois conhecendo nosso medo, roubaram a lua, e arrancaram-nos a voz da garganta.
...E como não dissemos nada, não podemos dizer mais nada.”(um grande pensador).
A educação é a base estrutural de um país e esta LUTA é por ela. Seja um convidado e participe conosco. Em nossa batalha somos minoria, mas com consciência dos nossos direitos já somos maioria. Nossa luta está aberta e isso são reflexos de nossa força e, somente através de um engajamento sério teremos voz ativa para revolucionar o curso da educação em nossa cidade.
Esta causa não é apenas dos professores e sim de toda categoria educacional que busca melhores condições de trabalho e remuneração justa.
Juntem-se a NÓS
TRABALHADORES E TRABALHADORAS.



Educação pode parar em Palestina a partir de segunda

Gilson Monteiro - Repórter

Há três anos tentando se reunir com o prefeito para discutir a implantação de um Plano de Cargos e Carreiras (PCC), engavetado há dois anos, os servidores públicos municipais da Educação da cidade de Palestina, sertão de Alagoas, podem cruzar os braços a partir da próxima segunda-feira (18). O prazo estabelecido por um ofício enviado pelo núcleo do Sinteal da região para que o prefeito José Alcântara Júnior (PP) recebam os servidores termina hoje (sexta-feira), mas caso isso não aconteça, o indicativo de greve já seria votado numa assembleia marcada para a próxima segunda-feira.

"Há  três anos que os trabalhadores da Educação tentam uma reunião com o prefeito, e ele nunca nos atendeu. Enviamos 15 ofícios reinvidicando essas reuniões, e não obtivemos nenhum retorno. O prefeito não gosta de trabalhador", reclama o vice-presidente de núcleo do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteal) da 8ª região, João Jorge Melo de Farias.

O sindicalista diz ainda que há professores no município que ainda recebem um salário mínimo. "Ele [o prefeito] não reajustou os salários de acordo com a lei. Tem trabalhador aqui que ainda recebe um salário mínimo. Se o prefeito não atender ao chamado dos trabalhadores todo o serviço público de Educação de Palestina vai parar a partir da próxima segunda", diz Farias.

A previsão é que um grupo de trabalhadores participem de sessão de hoje da Câmara Municipal para fazer pressão, considerando que o projeto de lei que cria o PCC tramita no Poder Legislativo desde fevereiro.

"Só tem um vereador da Comissão de Educação que defende a categoria. O projeto está parado na Comissão", diz o representante do Sinteal.

O vereador citado por João Jorge Farias é Cláudio da Silva, o Cláudio Cabudo, que disse já ter feito cobranças, mas até agora não conseguiu sucesso. "O PCC está na Casa desde 29 de fevereiro e sequer foi lido. Falta consciência  do gestor para que possamos levar esse projeto à frente, pois os servidores já não aguentam mais esperar", diz o vereador.

O prefeito José Alcântara não atendeu as ligações da reportagem de O JORNAL. O presidente da Câmara, vereador Alberto Barbosa (PT do B), diz que o projeto deve ser lido na sessão desta sexta, e possivelmente votado na próxima semana.

"Estava de licença, fazendo um tratamento de saúde, e agora estou voltando. Mas a Câmara não está de recesso e iremos ler o projeto de lei na sessão de amanhã [hoje] e votá-lo na semana que vem", disse o vereador.

LDO  

Hoje a sessão da Câmara Municipal de Palestina também deve ter pressões para a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que trata as metas para as despesas do próximo exercício financeiro.